Queda de monetização no YouTube: você, digital influencer, já deve ter passado por isso ou, se não passou ainda, prepare-se…
Entenda: a receita do seu canal no YouTube sempre chegou numa quantia X todo mês e, de repente, você nota uma queda colossal na contabilidade. Sim, estou falando de uma queda que pode chegar a 99% do seu faturamento mensal, o que certamente desestrutura qualquer planejamento estratégico.
O que pode ter acontecido em casos como esse? O YouTube ficou ganancioso? Algum hacker anda desviando a sua renda? Bom, neste post vamos mostrar que há inúmeras causas para sua monetização cair no YouTube, mas para resolver a maioria delas é preciso redobrar sua dedicação a essa rede. Continue lendo!
Tabela de conteúdos
- Antes de mais nada: você não está só!
- Alteração de trimestre financeiro
- Gastos com publicidade minguando no mundo inteiro
- Queda no interesse por parte do público
- Deu a louca no Google?
- Concorrência acirrada
- O que podemos fazer para contornar esses gargalos e voltar a ter a mesma receita de antes?
- Minimizando o desgaste da queda de monetização do YouTube
Antes de mais nada: você não está só!
Se você é um criador de conteúdo que atua no YouTube e percebeu uma enorme queda em sua receita recentemente, é bom que você não se desespere e saiba disso: você não está sozinho ou sozinha, de jeito nenhum! Então, pare de se preocupar tanto com a qualidade daquilo que você faz, porque, no fim das contas, pouco pode ter a ver com seu trabalho….
Segundo levantamento da OneZero, em 2020, muitos YouTubers experimentaram uma variação de quedas entre 30% a 50% em seus CPMs, e alguns viram seus CPMs reduzidos de $ 12 para $ 4. E essa queda no valor de cada visualização significa o que, afinal? Ora, que, embora as visualizações aumentem, a receita geral ainda está diminuindo para muitos criadores do YouTube.
Alteração de trimestre financeiro
Uma das causas mais comuns para a diminuição da grana do YouTube é quando a receita coincide com uma alteração de trimestre financeiro (por exemplo, janeiro, abril, julho, outubro), provavelmente em função das variações periódicas ao nível do dinheiro gasto pelas marcas em publicidade no YouTube.
Gastos com publicidade minguando no mundo inteiro
Uma das explicações mais plausíveis para a queda de monetização no YouTube é a redução de gastos com publicidade na plataforma, o que tem acontecido desde o início da pandemia. É fato que muitas empresas chegaram a suspender por tempo indeterminado suas campanhas no YouTube em meio à disparada do dólar e uma economia incerta.
Nesse cenário, como o YouTube paga 55% da receita de anúncios aos criadores, essa queda na demanda por anúncios está reduzindo nossos ganhos, ou seja, quem paga o pato acaba sendo o criador de conteúdo.
Queda no interesse por parte do público
De acordo com o músico mineiro Luís Couto, da banda Devise, que usa as plataformas de distribuidoras para colocar seus videoclipes online, é natural que a partir do momento em que o conteúdo é lançado na internet, ele gere um buzz suficiente para catapultar os views.
No entanto, conforme o tempo passa, a tendência é que o público perca o interesse por determinado conteúdo – até mesmo em função da grande oferta de informação disponível – o que consequentemente impacta no número de views e da receita final. Por isso é importante estar sempre divulgando seus vídeos!
Deu a louca no Google?
Um fator a que todo criador de conteúdo deve ficar bem atento é quanto às classificações que o Google faz sobre seus vídeos, taxando, inclusive, de “conteúdo impróprio” tudo aquilo que é e até o que não é e, com isso, bloqueando a monetização a qualquer momento.
O grande X da questão é que o Google deixa ao encargo de sua Inteligência Artificial essa “varredura” no YouTube que vai detectar palavras-chave ou trechos de som que indiquem conteúdo impróprio. Adivinhem: esse método normalmente leva a classificações injustas – mas elas podem ser corrigidas a partir de um pedido de revisão da parte do creator, que pode abrir uma disputa diretamente onde o vídeo se hospeda.
Concorrência acirrada
Uma das reclamações mais comuns dos produtores de conteúdo para o YouTube, depois, é claro, das alegadas infrações de direitos autorais, é quanto a ingerência da empresa no teor do que você produz em termos de formato, obrigando que você se adapte por meio da queda na visualização – o que impacta diretamente na monetização ( e o que, no fundo, é uma chantagem, né).
Para ilustrar, temos o advento do TikTok com seu oceano de “shorts”, vídeos bem curtinhos que já se tornaram a identidade do canal em questão. Com a migração de usuários para o TikTok, bem como de produtores de conteúdo, o que o YouTube resolveu fazer? Obrigar a galerinha consolidada que publicava vídeos de até 30 minutos a publicar shorts para fazer frente à concorrência do TikTok, sob a pena de perderem a visibilidade.
Com isso, surge o YouTube Shorts, uma nova ferramenta para fazer vídeos na plataforma de streaming. A ideia é criar vídeos usando apenas a câmera do seu smartphone para produzir conteúdo. Com os Shorts, você também pode gravar vídeos na vertical de até 60 segundos e você também pode separar eles em vários clipes.
Essa nova “política editorial” do YouTube tem desestimulado muitos influencers, jornalistas, etc, a continuarem investindo em um conteúdo autêntico dentro do canal, fazendo com que eles busquem outras alternativas mais rentáveis, transparentes e menos “ditatoriais”.
O que podemos fazer para contornar esses gargalos e voltar a ter a mesma receita de antes?
É claro que você já deve ter se perguntado isso, pois tempo é dinheiro e ninguém gosta de trabalhar de graça, concorda? Bem, uma solução eu já apontei no tópico anterior, que é deixar o YouTube em busca de canais com monetização mais justa e menos invasivos. Mas a ideia desse artigo não é essa, é tão somente encontrar explicações para a queda da monetização e, a reboque, formas de superá-la.
Apesar de tudo, o YouTube já conquistou seu espaço no hábito da população, sem contar que ele é bastante intuitivo, fazendo com que até a sua avó publique vídeos a partir do smartphone. E mesmo ao passar por uma queda na receita, não necessariamente significa que também estamos experimentando uma queda de inscritos e visualizações, pelo contrário, esse número não para de crescer e abranger os perfis mais diversos possíveis. Lembre-se sempre de que a única coisa que efetivamente pode provocar a evasão do seu público é a qualidade do seu conteúdo da qual você nunca pode desleixar.
Minimizando o desgaste da queda de monetização do YouTube
Embora a queda na receita pareça ser irreversível por fatores fora do seu alcance, é possível, sim, minimizar todo esse desgaste. Seja complementando a receita com outras fontes (como as “publis”), seja aumentando ainda mais o volume de material produzido. Tá certo, você vai me contrapor dizendo que é uma relação praticamente exploratória de trabalho. Mas, pelo menos, você ainda estará dentro do barco quando, porventura, essa política do YouTube mudar.
E se tem algo que nunca para de mudar nesse universo digital é o YouTube: como diria aquela velha máxima: vence quem melhor se adapta às mudanças, e não quem resiste a elas.
Agora queremos saber de você o que tem feito para driblar a queda na monetização do YouTube! Então, deixe seu comentário aí embaixo e participe dessa discussão.